SEMANA DO DESPRENDIMENTO

“O Espiritismo não condena a riqueza, nem faz apologia da miséria e da pobreza, mas aconselha o desprendimento dos bens materiais.”
Rita Foelker
Amigos do Grupo
Desprendimento, desapego, quantas inquietações ligadas ao apego à matéria seriam evitadas, se conseguíssemos olhar a vida com os olhos do Espírito!
Infelizmente ainda buscamos para nós mesmos a posse de muitos bens. Queremos ter a posse de objetos, de pessoas, de ideias, de inventos não estamos preocupados em conservar como nosso, apenas os bens materiais que conseguimos,mas também algumas situações de vida que nos dão destaque ou poder.
Quando passarmos a nos ver como o espírito imortal que somos, passaremos a entender que nada temos além daquilo que poderemos levar para o outro plano, além desta vida. É hora de aprender o desprendimento. Dar a quem necessita o que nos é desnecessário. Auxiliar com o muito que possuímosaqueles que nada têm. O espírito Lacordaire no Evangelho utiliza a seguinte figura:
O homem que se aferra aos bens terrenos é como a criança que somente vê o momento que passa. O homem que deles se desprende é como o adulto que vê as coisas mais importantes.(ESE)
É necessário aprender a desprender, desapegar, desatar, desligar, doar.
Texto do Evangelho – Capítulo XVI item 9 – A Verdadeira Propriedade
Convite ao Desprendimento
“Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões penetram e roubam…” (Mateus: 6-19.)
Desprendimento na qualidade de desapego, não de estroinice (baderna) nem dissipação.
Todo e qualquer motivo que ata à retaguarda sob condicionamentos retentivos se transforma em cadeia escravizante.
Os objetos a que o homem se apega valem os preços que lhes são emprestados, constituindo-se elos a impedirem o avanço do possuidor, na direção do futuro…
Desapego, portanto, em forma de libertação do liame pessoal egoístico e tormentoso que constitui presídio e patíbulo para quem se fixa negativamente como para aquele que se faz vítima afetiva.
Liberta-se das aflições constritivas, asfixiantes, para marchar com segurança.
Doa com alegria quanto possas, generosamente.
O que distribuis com equilíbrio e lucidez multiplica-se, o que reténs reduz-se.
Abundância, como excesso engendram miséria e loucura.
Distende assim, mão generosa na alfândega da fraternidade, mas liberta-te da emotividade desregrada, da posse afetuosa a objetos, animais e pessoas, porquanto mais carinhos que te mereçam, mais devoção que lhes dês, chegará o dia de atravessares o portal do túmulo, fazendo-o soledade, livre de amarras ou jungido ao que se demorará, a desgastar-se pela ferrugem, pelo azinhavre, corroído ou simplesmente em trânsito por outras mãos ante a tua tormentosa impossibilidade de reter e interferir.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis
Médium: Divaldo Pereira Franco
Editora Leal: Convites da Vida.