SEMANA DA SIMPLICIDADE

Quando comecei a me amar, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isto é simplicidade.
Charles Chaplin
Amigos do Grupo
Vem de Mario Quintana, poeta gaucho, esta constatação sobre a simplicidade. – “ Tudo o que é belo tende a ser simples. Afirmação generalizante? Não sei. O que sei é que a beleza anda de braços dados com a simplicidade. Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins. Vida que se ocupa de ser só o que é.
Simplicidade é um conceito que nos remete ao estado mais puro da realidade. A semente é simples porque não se perde na tentativa de ser outra coisa. É o que é. Não desperdiça seu tempo querendo ser flor antes da hora. Cumpre o ritual de existir, compreendendo-se em cada etapa.
Pessoas simples são aquelas que se encantam com as coisas menores. Sabem sorrir diante de presentes simbólicos e sem muito valor material.
Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida, a felicidade chegará em minha casa quando eu menos esperar.”
Talvez seja por isso que o Mestre Jesus chamou as pessoas simples de bem aventuradas. A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Bem-aventurados os simples, porquanto verão a Deus.
Texto do Evangelho – capítulo VII item 2
A Opção da Simplicidade
Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas.
Acham que tem compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno.
Entretanto inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade. Viver com simplicidade é uma opção que se faz.
Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida na realidade, são supérfluas. A rigor enquanto buscam coisas as pessoas se esquecem da vida em si.
Esquecem do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam sua realidade em buscas vãs.
De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio ?
Se a criatura não tomar cuidado, TER E PARECER podem tomar o lugar do SER.
É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo, e redescobrir a simplicidade.
O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.
A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções. Ela experiencia a alegria de ser apenas.
Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete… tudo isso compõe a simplicidade do existir.
Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz. Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena. Não que aja algo errado com o sucesso, apenas com o valor que se dá a ele. Progredir é preciso, com critério. Há tesouros imateriais que jamais se esgotam.
As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles.
Preste atenção em como você gasta seu tempo. Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência.
Experimente desapegar-se dos excessos. Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver. Pense nisso.
Adaptado da Redação do Momento Espírita de 23/09/08.