SEMANA DO DESPRENDIMENTO

Semana de 09 a 15 de setembro.
AMIGOS
Falar em desprendimento num mundo onde o poder financeiro e a posse dos bens são tão valorizados, parece difícil.
Mas a própria Natureza tem nos mostrado, através das várias catástrofes que temos presenciado, o quanto tudo é passageiro em nossa vida. De um momento para outro tudo se acaba, os que têm muito perdem muito e os que têm pouco, perdem o pouco que têm.
Devemos então pensar…
Como estamos vivendo no mundo? Quais são os nossos verdadeiros valores?
Disse-nos Jesus: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
Com isso Ele nos ensina a viver no mundo, usufruir o que o mundo nos oferece, mas a não pertencer ao mundo, não deixando que o mundo corrompa nossos valores, ou nos escravize.
Os bens Terrenos são transitórios, só levaremos na partida, aquilo que aprendermos com o que possuímos.
Agradeçamos a Deus por tudo o que temos, mas aprendamos a nos libertar do que possuímos.
Diz Emmanuel no livro “Palavras de Vida Eterna”: – “Lembra-te de que amanhã restituirás à vida o que a vida te emprestou, em nome de Deus, e que os tesouros de teu espírito serão apenas aqueles que houveres poupado em ti próprio, no campo da educação e das boas obras.”
Texto do Evangelho para a semana:
Capitulo: –XVI – Item – 9 – “A verdadeira Propriedade”
Viver com Desprendimento
Conta-se que Diógenes destacou-se entre os sábios gregos e chegou a ser professor de Alexandre da Macedônia.
Um dia, começou a questionar os costumes do seu tempo e a necessidade dos bens materiais.
Resolveu adotar uma vida totalmente desprendida e ficou morando dentro de uma barrica, tendo para seu uso pessoal somente uma cuia com água.
Depois de algum tempo descobriu que nem mesmo da cuia ele precisava, pois, usando suas duas mãos, poderia pegar água para beber ou para limpar-se. Jogou a cuia fora.
Quando Alexandre invadiu a Grécia, fez questão de visitar aquele seu antigo professor.
Encontrou-o sob o sol, junto à barrica, entregue aos próprios pensamentos, e lhe disse: Você já deve saber que conquistei a Grécia e que todas estas terras agora fazem parte do meu império. Como você foi meu professor e sempre o admirei, quero recompensá-lo de alguma forma. Diga-me: O que você deseja?
Houve um momento de silêncio. Alexandre e todos os integrantes de sua escolta aguardavam com curiosidade a resposta do filósofo.
Posso pedir mesmo? – disse Diógenes.
Sim, peça.
O que desejo é que você saia da frente do sol, pois está impedindo que seus raios quentes toquem o meu corpo.
Alexandre não respondeu. Apenas saiu da frente do sol e, naquele pequeno gesto, tentou compreender a filosofia de vida do seu antigo mestre.
Olhou mais uma vez para Diógenes em sua barrica, olhou para seus soldados, tomou as rédeas do seu cavalo e seguiu seu caminho, rumo à conquista da Ásia.
* * *
Incontestavelmente, o desprendimento dos bens terrenos é uma necessidade lógica.
É verdade que ninguém precisa desprezar os bens que conquistou com o próprio esforço, pois esses constituem legítima propriedade.
No entanto, é preciso treinar o desprendimento desses bens que um dia ficarão sob o pó da terra.
Além disso, há grande diferença entre possuir bens materiais e se deixar possuir por eles.
Conforme afirmou um grande pensador: O tesouro do sábio é a sua mente, e o do tolo, são seus bens.
Sim, porque o verdadeiro tesouro é aquele que podemos levar conosco para onde formos. Inclusive na viagem de volta ao mundo espiritual.
Assim, os bens materiais e todos os recursos que estão em nossas mãos, sob nossa administração temporária, devem servir para fomentar o nosso progresso e também o daqueles que convivem conosco, parentes ou não.
Quando as riquezas terrenas geram salário, saúde, educação e oportunidades dignas para o ser humano, são geradoras de tesouros nos céus, e garantem o bem estar do Espírito imortal que delas fez bom uso.
Mas, quando as riquezas servem apenas para deleite daquele que as detém, geram infelicidade e desgosto no além-túmulo.
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Redação do Momento Espírita, com base em história extraída do site http:www.gretz.com.br e na Apresentação do livro Florações evangélicas, pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal