SEMANA DE VIGIAR E ORAR

“Examina os teus desejos e vigia os próprios pensamentos, porque onde situares o coração aí a vida te aguardará com as asas do bem ou com as algemas do mal.”
Emmanuel
AMIGOS
A oração é uma maneira de entrarmos em contato com Deus. Dialogar intimamente com simplicidade e sinceridade, agradecendo as bênçãos que recebemos e pedindo o amparo necessário diariamente, é uma forma de nos precavermos de muitos males que talvez nem precisassem acontecer.
Porém, não podemos ficar só na contemplação da oração! É importante estarmos vigilantes nas atitudes, quando do trabalho dispensado em prol do próximo, na disposição para as efetivas mudanças de hábitos, transformando-nos moralmente, na colocação de palavras adequadas, sendo sinceros, e, sem machucar os sentimentos de nossos irmãos, quando somos contrariados.
Neste período que antecede o carnaval, vigiemos nossos pensamentos. Eles são fonte de equilíbrio ou desequilíbrio, de sombra ou de luz, que depende do nosso controle ou descontrole.
Vigilância também com os programas televisivos que escolhemos para assistir, lembrando que tudo gera fluidos, de natureza boa ou ruim, cuja assimilação ocorrerá de acordo com as nossas preferências.
Recordemos dos ensinamentos do Mestre Jesus, quando nos convida a escolher a porta estreita, a orar pedindo para não cairmos em tentações, não nos contaminando com os venenos do mundo e encontrando a paz no coração.
Texto do evangelho para a semana: Cap. V – item 4 – Causas Atuais das Aflições.
Vigiemos e Oremos
“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.”
Jesus (Mateus, 26:41)
As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo mais intenso, capaz de tisnar (tornar negro) o lago, procede do seu próprio seio.
Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.
Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.
Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade. Em contato com os afetos mais próximos, temos copioso (farto) material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa-vontade e do perdão, da fraternidade pura e do bem incessante.
Não te proponhas, desse modo, atravessar o mundo, sem tentações. Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti quando não combates, dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes.
Caminhar do berço ao túmulo, sob as marteladas da tentação, é natural. Afrontar obstáculos, sofrer provações, tolerar antipatias gratuitas e atravessar tormentas de lágrimas são vicissitudes lógicas da experiência humana.
Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando, para não sucumbirmos às tentações, de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda.
Do livro: Fonte Viva
De: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.